sexta-feira, 27 de maio de 2011

2ª parte da breve viagem ao Uruguai: PELAS ESTRADAS

Decoração das paredes do hostel
Depois de três horas de navio, no dia seguinte encarei três horas de estrada, fui de ônibus de Colonia del Sacramento até Montevideo, coisa de 220 pesos uruguaios, uma bagatela de R$22,00. Acho que a viagem foi tranquila e deve ter sido mesmo, porque eu dormi o tempo todo.  Desci na rodoviária e me mandei pra o hostel, coisa de 100 pesos uruguaios, pra turista brasileiro que vai com reais é uma viagem que sai muito barata.

Então, algumas observações, nós brasileiros estamos acostumados com self-service - esqueça isso, nem no Uruguai nem na Argentina você vai encontrar comida no peso. Nosso prato base é arroz, feijão, carne e salada - esqueça também, nos dois países normalmente o que vem é um pedaço enorme de carne (podendo ser carne de vaca - é assim que eles chamam a carne vermelha - galinha ou peixe) acompanhado ou de batata frita ou alface com tomate, se você quiser mais guarnições paga por fora, e paga caro. Em Montevideo tive dificuldade de me alimentar bem, comi, mas daí a dizer que gostei são outros quinhentos.

Falemos da cidade agora, é muito bonita, principalmente a parte velha da cidade, a Ciudadela, que tem inclusive algumas ruínas da entrada do antigo forte, mas eu achei a cidade muito suja e descuidada - impressão que eu tive, pode ser que não seja - muitos monumentos pichados e sujos mesmo, não tem como eu não comparar com Buenos Aires porque é onde eu estou vivendo agora, mas isso não compromete a beleza da cidade.

Não tem como você percorrer as ruas e olhas as praças sem pensar em como era tudo aquilo antigamente, a arquitetura de Montevideo mistura desde de prédios centenários até edifícios dos anos de 1970 e prédios mais modernos, não vou dizer que isso está em harmonia porque de fato não está, mas é interessante ter um olhar assim sobre a cidade.

Montevideo faz um frio cortante, não sei porque, deve ser a geografia, afinal é uma pontinha de terra entre o rio e o mar, acho que o vento sopra de todos os lados e a temperatura vai lá pra baixo. Infelizmente por causa do dia da semana e da pouca grana não assisti nada de teatro nem fui pra balada, mas pelo o que eu pude ver nos guias da cidade, no fim de semana rola muita feira de artesanato em algumas praças.

Coisas que eu notei estando lá, as pessoas são mais parecidas fisicamente com nós brasileiros, ok, sendo mais objetiva, são menos brancos, você vê mais morenos, negros, mulatos nas ruas não é feito aqui que ou muito brancos ou tem traços mais indígenas - isso é só uma impressão, não tô aqui classificando por raça ou cor não, observação pura e simples. Outro fator é que eu achei o espanhol de lá mais fácil de entender, a acentuação é mais suave e eles falam um pouco mais devagar.

Conversando com as meninas que trabalham no hostel eu achei muito interessante o comentário de uma delas dizendo que eu até que falo um espanhol razoável e quase sem sotaque, perguntei o que isso tinha de diferente, ela respondeu que o problema é que a maioria dos brasileiros que chegam lá não falam uma palavra de espanhol e ficam enrolando no portunhol. Achei bacana essa colocação porque reforça um pouco do que eu penso, poxa, você tá na terra dos outros, tente pelo menos se esforçar para compreender o seu anfitrião, afinal você não gostaria de receber em sua casa alguém que não tentasse se comunicar com você.



Bom, como no post anterior eu pus um vídeo, vou colocar nesse também, escutei pela primeira vez aqui na Argentina, mas só conheci um pouquinho mais em Montevideo, a banda é uruguaia e se chama No te va Gustar, eu gostei bastante, segue aqui o vídeo de "Chau" que de boa é seguramente uma das músicas mais tocadas em Buenos Aires.


Nenhum comentário:

Postar um comentário