domingo, 13 de novembro de 2011

As que amo em caos

Coração grande que mesmo cheio está vazio
Coração grande que ama e desama num estalo
Que foge do que é sombra, tristeza e frio
Mas luta para não querer alguém ao lado.

As mulheres que amei e ainda amo a minha maneira
As mulheres que amo, cada uma delas como se a primeira
As mulheres que amam, em minha cama mas não em meu coração
As mulheres que eu amo e mesmo querendo dizer sim só digo não.

E nos olhos castanhos que eu me perco e me encontro
E através das lentes que me aborreço e me encanto
E nos outros olhos que ainda não me enxerguei
E noutros tantos que já me vi mas nunca toquei.

Minhas amadas de perto e de longe,
Minhas amadas de ontem e de agora,
Minhas amadas que me consomem,
Minhas amadas aguardando a demora.

Não sei o que busco, em quais braços me abrigar
Não sei onde acharei o sossego da minha alma
Não sei se por amor terei que deixar de amar
Não sei como largarei meu escudo e armas.

Amo o caos e suas causas,
Amo as causas do meu caos.

sábado, 5 de novembro de 2011

Uma metrópole com praia

No Jardim Botânico
Então, consegui tirar uma semaninha de férias e fui gastar meu suado dinheirinho ganho na V Bienal Internacional de Maceió, bom, meu paradeiro foi o Rio de Janeiro, sim, fui tentar quebrar minha resistência com a dita Cidade Maravilhosa porque eu acho o carioca em geral muito marrento - não é preconceito, é impressão apenas.

Tudo bem que o Rio tava disfarçado de Sampa porque tava nublado, frio e chovendo, mas tenho que admitir que a cidade é linda, tem árvores e o bairro da Lapa, ai a Lapa... me lembrou muito o fervo da Rua Augusta paulistana. Fiquei no apartamento dos meus queridos amigos oriundos de Maceió, Lili, Maurício e Cacau... receptivos, de braços abertos.

Conheci pouca coisa porque em três dias [e um deles de ressaca] ninguém tem como conhecer quase nada, mas tirando as praias [porque as nossas de Maceió são mais bonitas] o restante me agradou, do que eu conheci, claro. Fiquei pensando seriamente em juntar uma grana e tentar meu mestrado por lá, apesar de não ter convivido com nenhum carioca, mas tudo bem, uma cidade que tem natureza e balada de segunda a segunda muito me interessa.

Das poucas coisas que conheci achei melhor não fazer um roteiro dito turístico porque, além de pouca grana eu quero ser habitante daquele lugar em breve e isso resultou uma coisa bem bacana, dei uma entrevista pra uns alunos de Comunicação Social que estavam fazendo um documentário sobre as estátuas da Urca, tá vendo, dá nisso fotografar estátuas louca por aí. 

O que mais me encantou é que o asfalto tá ali, mas também tem as árvores, e o mar, o som dele, o cheiro, acho que morando lá seria pra onde eu correria na saudade, no aperto, na vontade de voltar pra casa, embora não consiga me imaginar lá por muito tempo, agora eu já cogito sim a possibilidade.

Sair eu saí, ver gente bonita eu vi, mas como boa lerda que eu sou, voltei no zero a zero, mas valeu muito a pena, me diverti horrores no show da banda Melanina Carioca, muito samba-rock, soul e de boa, mais uma vez me senti em Sampa, desculpe, mas não tem como não comparar.

Talvez pra viver e vivenciar teatro não se compare com Sampa, mas vamos respirar novos ares, os centros culturais me puxaram pelos olhos, os ônibus funcionam e tem metrô [coisa de gente besta que gosta de andar de metrô], as pessoas são bonitas e São Jorge está em todo lugar. Em três dias não dá pra se apaixonar por nenhuma cidade, mas dá pra paquerar ela pelo menos.

Não fui ao Cristo, mas quase dá pra ver ele em todo lugar