quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O amor da minha vida desse mês que passou

Era assim, a princípio era tudo muito bonito e colorido, calmo e tranquilo, sem contratempos ou perturbações, mas depois foi tomando espaço, ocupando até mesmo os espaços que nem estavam vazios, um simples momento de encanto estava prestes a virar uma paixão avassaladora, não que paixões sejam ruins, mas tudo em excesso torna-se insustentável, beirando o insuportável mais dois passos a leveza ganharia um peso muito maior do que aquele sentimento merecia/pretendia ter.

Sentia uma aflição tremenda como em todas as suas paixões anteriores, achava impossível haver paixão sem conflito, achava absurdo entrar em conflito sem paixão. Não se arriscava a vislumbrar o amor, o conhecia sob três formas: sua família, seus amigos e aquela que um dia pretendeu à sua mulher, mas desistiu, amor sentira por ela até aquele momento, mas a paixão não suportou, se diluiu em meio a todos os conflitos. talvez fosse mais fácil suportar o amor do que aquela paixão que sentia nascer...

Havia se encantado pela voz, pela pele, pelo sorriso e inclusive pela confusão, mas agora parecia se apaixonar pela falta que ela fazia, não sabia ao certo se sentia falta dela como um todo ou se só sentia falta de seus beijos, mas não era SÓ, era PRINCIPALMENTE, talvez na tentativa de preencher aquele vazio, se impunha uma paixonite sem um sentido racional, e lembrou que nenhuma paixonite pode ser racional, principalmente se forem as suas. E se as paixões fossem apenas escolhas, elas sempre pareciam ser as erradas.

Algo que lhe confortava era saber que também possuía uma grande capacidade de se desapaixonar, mas como em qualquer enfermidade, você só pode ser curado daquilo que já te acometeu. Equivocadamente, achou que estava imune à paixão, até estava, mas não estava resguardada da tentação daquilo que é supostamente proibido. Queria aquela mulher, mas não queria tomá-la da outra pessoa, queria que ela viesse com seus pés, por sua vontade, por sua escolha... Porém já havia decidido, embora tivesse provado de quase tudo que aquele envolvimento pudesse oferecer.

Chorou, sentiu doer, teve raiva, sentiu ciúmes, quis somente pra si, fez drama, vivera sim a bendita paixonite, mas da forma mais platônica que pudesse existir, até o dia que ela decida por si.