terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Trecho do novo texto

Corpo Condutor


"I: - A vida é mais que isso, nem sempre se pode fazer apenas o que gosta...
J: - Mas também não dá pra passar a vida inteira só fazendo que detesta..." 

Pois é, pensemos nisso!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

O que eu espero...

... não sei, mas espero, sem pressa, sem ansiedade...

o tempo que passa...

Dia desses estava escovando os dentes e me olhando no espelho, percebi que hoje, aos 27 anos, tenho mais espinhas no rosto do que quando tinha 17 anos... pensei "Se quando a gente fica velhinha dizem que é a segunda infância, será que perto dos trinta é a segunda adolescência?".

Por mais que a gente amadureça, vejo que tudo na vida é muito cíclico, por exemplo, sempre que viajo pra fazer alguma oficina ou participar de algum festival sempre me aproximo das pessoas que lembram meus amigos de Maceió, e quando aparece algum envolvimento psico-amoroso, parece que se desenvolve do mesmo jeito independente de onde eu esteja.

Mas voltando aos 27 anos, fui fazer um exercício de comparação das minhas aflições e desejos nesse espaço de dez anos. Com 17 eu tava terminando o colégio e em dúvida do que eu ia prestar no vestibular, agora,concluído o curso de Licenciatura em Artes Cênicas, minha aflição está em qual linha de pesquisa quero desenvolver o meu mestrado - na verdade a dúvida era se eu quero ou não fazer mestrado.

Aos 17 fui "expulsa" do armário, aos 27 luto contra mim mesma para não entrar em relacionamentos que não sejam saudáveis [acho que nós mulheres acabamos sendo passionais demais em alguns casos, mas não quero polemizar aqui]. Meu outro impasse está no que fazer da minha vida profissional, sou atriz mas sou professora de teatro por formação, sei que não quero encarar uma sala de aula pra ensinar ARTES, só que arrumar lugares para dar aula de teatro é quase impossível.

Hoje em dia me sinto madura suficiente para passar por certas experiências de vida, mas por outro lado acho que estou "velha" pra certas coisas, tenho quase 10 quilos a mais, mas apesar disso me prefiro hoje em dia, me considero mais interessante, com mais conteúdo para conversar e muito mais segurança de quem sou e do que quero.

No mesmo dia que reparei as espinhas, fui prestar atenção em outras coisas, bom, hoje em dia já tenho 32 dentes, meus cisos nasceram quando eu tinha 21 pra 22, fui procurar meus cabelos brancos, tenho mais do que antes, mas agora abuso dos meus cachos soltos, coisa que não fazia antes. Cuido mais de mim, me entendo e me respeito mais.

Achava que não me preocupava com o passar do tempo, mas me preocupo, não tenho mais gastrite mas preciso de um acompanhamento de severo por causa de excesso de açúcar, só fico "sozinha" por opção não mais por timidez, amigos não me faltam, possibilidades também não...

Em dez anos, tive quatro namoros [um deles casamento], morei noutra cidade, participei de alguns festivais, conheci muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuita gente interessante e muita gente desinteressante também, todos os porres que não tomei na minha adolescência foram tomados nesses dez anos, já fui fumante, já fui amante, já quis morrer, já quis ser wiccan [hoje sei que estou muito mais pra umbandista do que pra qualquer outra religião] e sobrevivi a tudo isso... e nos próximos dez anos ainda vou ter muito mais o que relatar.

Reparando minhas colegas da época de escola, a maioria delas estão de cabelos lisos, gordas, casadas e com filhos, não que isso seja ruim, cada um escolhe seu caminho, e esses caminhos não me cabem, estou feliz comigo e com minhas escolhas, daqui pra frente priorizo minha felicidade.