sexta-feira, 27 de maio de 2011

1ª parte da breve viagem ao Uruguai: PELAS ÁGUAS

O vento do convés
me descabelando
No começo dessa semana, entre os dias 23 e 25, carimbei meu passaporte de novo, dei um pulinho no Uruguai, visitei as cidades de Colonia del Sacramento e Montevideu. 

A forma mais rápida de chegar nessas duas cidades é cruzando o Rio da Prata (Río de la Plata ou River Plate - acho tão sonoro o nome em inglês), MAS eu tenho dois problemas sérios com rios/mares/riachos/lagoas/lagos e afins: MEDO PROFUNDO DE MUITA ÁGUA JUNTA e ENJOO. Bom, fui para Colonia de Buquebus num navio enorme, por dentro as acomodações são muito parecidas com de um avião, escolhi o navio que leva três horas pra cruzar o rio, mas tem embarcações mais rápidas. Não vou negar que o medo sempre esteve lá, mas como o navio é grande e confortável foi quase a mesma coisa que andar de avião, quase, porque o navio balança muito mais, o macete é não ficar nos pisos mais baixos, a impressão que eu tive é que quanto mais alto menos você sente o balanço.

No navio tinha um freeshop ótimo, deu vontade de comprar duas coisas lá: maquiagem (produtos de primeira qualidade com preços super em conta, fiquei semi-louca por uma base cremosa no tom certinho da minha pele) e  bebidas (Tequila Jose Cuervo por US$17 - no Brasil a gente acha por no mínimo R$60), mas como dinheiro era uma coisa que tava contada e peso era algo que eu não tava nem um pouco afim de carregar, abstraí da ideia e fui dormir.

Vista da cidade de Colonia del Sacramento do navio
Chegamos, fui direto para a Pousada El Viajero, tanto em Colonia como em Montevideu fiquei em hostels dessa rede e eu recomendo, se vocês forem um dia para essas duas cidades vale a pena, eu paguei uma média de US$40, quarto muito confortável, água quente e um café da manhã muito bacana, sem contar no atendimento.

Colonia del Sacramento é a cidade mais antiga do Uruguai e é tombada pela UNESCO como patrimônio histórico da humanidade, tem sete pequenos museus e ruínas da cidade antiga, uma graça de cidade, aconchegante, acolhedora e vive basicamente do turismo, eles atendem muito bem, afinal a economia está baseada nisso. Eu sou de dizer que essa visita é um programa mais pra família ou casal, mas é bacana ir sozinha também, a forma de aproveitar vai ser outra.

Para visitar os museus se compra um ticket por 50 pesos uruguaios e pode ir em todos. Não se assustem, o real vale dez vezes mais que o peso uruguaio, logo o valor da entrada era correspondente à R$5,00 - muito barato inclusive se compararmos com alguns museus em São Paulo por exemplo. Uma dica, caso você vá a Colonia, troque seus pesos argentinos, dólares ou reais na Nelson Câmbio, na rodoviária ao lado do porto, as cotações são melhores.

Quase todas as ruas são assim
Em um dos museus que eu não lembro o nome, você entra numa verdadeira máquina do tempo, pois trata-se de uma casa e cada sala reproduz um ambiente com mobília do início do Século XIX. Os museus têm de tudo, desde fóssil de tartaruga gigante até mapas originais da época do descobrimento da América, pra quem gosta de História é um prato cheio, como eu gosto foi ótimo.

Peguei um começo de semana nublado, em Colonia acho que à noite deve ter feito uns 8°C, tava com tanto frio que não tive coragem de dar uma caminhada pela cidade à noite, afinal eu tinha levado pouquissima roupa e não queria me arriscar e ter uma crise de sinusite, porque, resfriada de qualquer forma eu fiquei.

Estando onde estava, não tinha como não pensar nas músicas de Jorge Drexler , principalmente "Al otro lado del río" música que faz parte da trilha sonora do filme "Diários de Motocicleta" (aquele dirigido por Walter Salles com o Gael Garcia Bernal no elenco e relata uma viagem de motocicleta feita pelo jovem Ernesto "Che" Guevara pela América), bom, segue aqui abaixo um vídeo da música que não me saía da cabeça.


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