quinta-feira, 28 de abril de 2011

BUENOS AIRES 2011: 2ª atualização

Vim tão louca querendo escrever sobre o que se passou essa noite que quase passo direto na rua eu tinha que entrar pra voltar pra o hostel.

Essa noite valeu a pena, não fiquei com ninguém, não fui paquerada (na verdade acho que fui, mas a figura em questão não me interessava), mas fui num lugar muito bacana chamado El Camarin de Las Musas, um bar-café-teatro que lembra muitos os teatros da Praça Roosevelt em São Paulo, só que esse tem uma cara mais sofisticada, com uns livros, pessoas aparentemente interessantes e todo esse clima intelectual mas sem ser chato ou pedante, se Udson tivesse aqui provavelmente teríamos tomado um café lá.

El Camarin de Las Musas
Bom, fui lá pra assistir “Julieta y Julieta”, sim, adaptação lésbica pra “Romeu e Julieta” do Shakespeare, mas sinceramente, eu nem penso muito nessa questão de gênero nem nada assim, você assistindo até esquece que se tratam de duas mulheres (acho que é porque eu vejo isso com muita naturalidade - claro).

Cena de "Julieta y Julieta"
Gente, as duas Julietas são muito boas (como atrizes, quero deixar isso bem claro, apesar de ter achado uma delas muito bonita mesmo), umas soluções de cenografia muito boas – como por  exemplo, uns “armários” (porque parecem armários mesmo) que são o quarto e a casa das Julietas, mas os atores entram nesse “armário” e ninguém vê-los entrando, porque têm paredes falsas, luz bacana, que conseguia pontuar bem a atmosfera de cada cena e as passagens de tempo, nossa, eu gostei muito mesmo.

Tudo bem que nos cinco primeiros minutos tive uma dificuldade tremenda de entender o texto,  mas depois que eu acostumei com a velocidade com que o elenco falava, deu pra notar que  o texto é bem escrito, delicado mesmo, sem apelações ou banalidades.

Não estou aqui dando uma de crítica de teatro não, só quero mesmo compartilhar do que assisti, já que meus queridos amigos não estão por aqui essa é a forma de dividir minhas experiências com eles. Saí de lá com vontade de para num café da Avenida Rivadavia, tomar uma cerveja e conversar sobre teatro, é incrível como eu tenho pensado tanto em teatro aqui... parece que vim carregar as baterias pra voltar pra Maceió e fazer um monte de coisa... ai ai... é como estar apaixonada, na verdade é amor mesmo...

Por falar em amor, tô dedicando essa postagem de hoje pra Udson, nem sei se ele vai ter como ler de tão aturdido que ele está com a estreia de "Desnuda", mas pensei demais nele hoje, pelos papos que a gente sempre tinha no Café do Palato e no que tenho lido do Eugênio Barba, não pude me conter e fiz essa pequena carta num guardanapo que quando eu chegar a Maceió vou entregar a ele.


Sei que na postagem fica pequeno, mas é só clicar na imagem que dá pra ler o conteúdo. Sem mais, fico por aqui... ai ai, que noite gratificante!!!!

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